Certamente esta frase de Nosso Senhor: "Deixai os mortos enterrarem os seus mortos" (Mt. VIII, 22) deixa muitos cristãos, até católicos em dúvida sobre a objetividade da expressão. Põe em dúvida até à muitos que se sentem chamados ao serviço do Altar, já que a frase referida foi dita para um discípulo que Ele convocou, e que lhe pediu licença para enterrar o seu pai, que havia morrido, então depois o seguiria.
Obviamente Nosso Senhor não proibiu que esse filho fosse enterrar seu pai. Nosso Senhor apenas quis destacar que, a importância da caridade, ao enterrar o próprio pai é importante, porém, mais importante que enterrar o próprio pai é seguir e fazer a vontade de Deus.
Nosso Senhor quis dizer, por esta frase, que há uma ordem nos bens: quis dizer que, se enterrar os mortos é uma obra de insigne caridade, muito melhor obra é a de enterrar o cadáver do próprio pai, porém acima até desse imenso dever está o dever de seguir a Cristo. Esta é a explicação que dão os Padres da Igreja, como, por exemplo, Santo Agostinho, que de maneira explêndida explicou este ensinamento de Jesus, Nosso Senhor.
In corde Jesu, semper, Rangel Alves.